Eu te odeio sabe, odeio na medida certa pra me enlouquecer, odeio na medida certa pra não deixar, odeio na medida certa pra…
Eu juro que vou embora, bato a porta, saio fazendo furacão, e dai, na esquina do hotel eu lembro que o furacão aqui não sou eu, e me prometo, que é a ultima vez, que a próxima nada vai ser assim, que eu cansei de ficar de lado, de ficar a espera, de ser assim, mulher de caixeiro viajante.
E vem você, cheio de dedos, na medida, as vezes grosso, as vezes o céu às vezes só meu. Eu me derreto. Talvez seja meu erro, mesmo quando eu digo eu não, eu to do outro lado do telefone, segurando o coração dizendo sim, mais uma vez. Eu fico aqui, a disposição .. Ate que um dia te pego de guarda de baixa, e nesse olhos tao vivos eu entendo que você me entende na medida que eu te entendo, e então ta tudo bem, por uma noite, por uma semana, por um mês, ate daqui a pouco, quando, de novo, a gente vira demais, e explode…
Não é que eu tenha ficado calada todo esse tempo, é que às escrever aqui, na hora certa, é demais, e, às vezes calar também. Eu só queria aquele quarto de hotel e aquela esquina por umas vezes a mais… tudo parece tao distante agora…